Os garis da cidade do Rio de Janeiro seguirão em greve após uma nova rodada de negociação na tarde desta quinta-feira (31), em Campo Grande, Zona Oeste da cidade. A categoria decidiu rejeitar o acordo proposto pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
Os garis pediam um reajuste de 25% nos salários e tíquete de alimentação, além da conclusão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e da implantação do Adicional de Insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos (APAs). A classe e a Comlurb se reuniram em frente o Tribunal do Trabalho na tarde da última quarta-feira (30).
A contraproposta oferecida pela empresa atendeu parcialmente as reivindicações feitas pelos garis. Confira:
- a Comlurb mantém benefícios e cláusulas sociais já existentes no Acordo Coletivo;
- reajuste salarial de 6% agora (março), 2% em agosto e cerca de 2% (de acordo com o reajuste do Município) em novembro;
- reajuste de 3% no tíquete alimentação;
- Adicional de Insalubridade para APAs em 20% retroativo a janeiro 2022;
- conclusão do PCCS, retroativo a janeiro de 2022;
- compensação dos 3 dias de greve, sem qualquer desconto;
- pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Apesar do reajuste menor do que a expectativa, a classe decidiu não aceitar as condições e continuar a greve. Desde o anúncio da paralisação, na última segunda-feira (28), cidadãos cariocas se queixaram do acúmulo de lixo nas ruas e do mau cheiro. Alguns comerciantes chegaram a dizer que esta situação estava afastando a clientela.